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Contratações e salários agravam prejuízo da TAP apesar de recorde de passageiros

Contratações e salários agravam prejuízo da TAP apesar de recorde de passageiros

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Contratações e salários agravam prejuízo da TAP apesar de recorde de passageiros

Mais contratações e aumentos de salários, que somaram mais de 35 milhões aos custos com pessoal, a par da quebra de 10,6% nas receitas no Brasil, e “um período globalmente negativo para a aviação comercial na Europa”. São estes os principais fatores que, segundo a TAP, justificam o aumento nos prejuízos no primeiro semestre deste ano, apesar de a transportadora aérea portuguesa nunca ter tido tantos passageiros.
O recorde de 7,9 milhões de clientes até junho (que não contabiliza ainda os meses de verão), “um crescimento de 4,8% face ao período homólogo”, conforme adiantou à CMVM, não chegou para evitar 119,7 milhões de prejuízos no grupo TAP nesses seis meses, acima dos 90 milhões registados em junho de 2018, enquanto a companhia aérea teve perdas de 112 milhões (70 milhões em junho de 2018). É o pior semestre desde 2015, quando ainda era uma empresa pública (ver quadro abaixo).
Resultado líquido da TAP SGPS (grupo) no primeiro semestre (milhares de euros)

Ainda assim, a companhia realça que “nos meses de julho e agosto de 2019 foi registado um crescimento de 11,5% face ao período homólogo do ano anterior, consolidando uma trajetória de recuperação iniciada no segundo trimestre” para o grupo TAP. E isso acontece em grande parte graças ao investimento na renovação da frota e abertura de rotas (mais 15 aeronaves entraram na operação, permitindo abrir mais oito mercados entre janeiro e junho), que “possibilitou à TAP obter importantes ganhos de eficiência no semestre, sendo a única companhia aérea europeia de bandeira comparável a reduzir os seus custos operacionais unitários em 8,8% face ao período homólogo”, sublinha a empresa.
Referindo ainda que os ganhos de eficiência permitiram fazer subir o EBITDAR em 19,5% face a junho de 2018, o grupo nota que o turnaround da Manutenção e Engenharia no Brasil teve como efeito um EBITDAR positivo de 3 milhões da subsidiária. E sublinha que se verifica já uma “tendência de recuperação” na TAP SGPS: analisando os dois trimestres, o prejuízo até março foi de 110,7 milhões, tendo melhorado para 9 milhões nos três meses seguintes.
A par dos bons resultados da emissão obrigacionista que deixou o grupo com “uma posição de caixa no final do primeiro semestre de 393,5 milhões de euros”, estes argumentos permitem antecipar para o grupo TAP “neste ano um resultado operacional melhor do que em 2018”.
Transportadora somou mais 566 trabalhadores à TAP em seis meses
No que respeita aos resultados apenas da transportadora aérea, os prejuízos foram mais brandos, mas ainda assim ficaram nos 112 milhões de euros (face aos 70 milhões em junho de 2018).
Em comunicado à CMVM, a TAP, SA recorda que o resultado “foi impactado principalmente pela quebra de receitas de passagens do Brasil, de 43,1 milhões de euros e pelo aumento dos custos com pessoal em resultado das novas contratações e das revisões salariais negociadas em 2018”. “Para fazer face ao crescimento previsto de atividade com a expansão da frota, novas rotas e mais frequências, bem como devido aos aumentos salariais acordados com os sindicatos em 2018”, neste semestre, os custos com pessoal subiram mais de 16%, um aumento de 46,5 milhões face ao mesmo período do ano passado.
“De um total de 566 novas admissões no 1.º semestre de 2019, foram contratados 144 pilotos e 222 comissários/assistentes de bordo”, especifica a transportadora, que tem neste momento 8800 trabalhadores, mais mil do que em junho do ano passado (+12%).
Por outro lado, destaca uma vez mais a TAP, as contas trimestrais demonstram já uma evolução positiva. Por comparação com os primeiros três meses do ano, de abril a junho houve uma melhoria muito significativa nos resultados, de 106,6 milhões negativos (já efeito da redução da operação no Brasil) para 5,4 milhões negativos.
Quanto aos resultados livres de depreciações, amortizações e perdas por imparidade, rendas de aeronaves, custos de reestruturação e outros itens não recorrentes (EBITDAR), registaram uma subida para 132,2 milhões no acumulado do 1.º semestre (+77,8% face a junho de 2018).
A transportadora realça ainda a melhoria dos indicadores de pontualidade e regularidade da TAP nestes seis meses, face a junho do ano passado. “O número de voos cancelados no semestre reduziu-se em 78,3%, fazendo com que o número de voos cancelados totalizasse 0,5% do total de voos da companhia, em linha com os padrões da indústria. A pontualidade global melhorou 7,9 pontos percentuais, com destaque para a Ponte Aérea, que teve uma melhoria de 26,3 pontos.”
A performance durante o segundo semestre “será fundamental para o aumento da rentabilidade da companhia, dada a sazonalidade característica do setor”, escreve a TAP, recordando que o segundo semestre – meses de verão, Natal e ano novo – tem historicamente registos superiores aos do primeiro semestre para justificar a expectativa otimista para o ano completo.

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